quarta-feira, 22 de maio de 2024

TEATRO DE REVISTA

O tão famoso teatro de revista chegou ao Brasil no século XX com toda influência do estilo parisiense vindo dos cabarés, como o Bataclan e Moulin-Rouge.

Tudo começou no Rio de Janeiro da belle époque,  devido ao esgotamento da revista de Ano (peças com valorização do texto, inteligência nas alusões e duplos sentidos, além de personagens alegóricos).

No Brasil, estávamos em busca de uma forma brasileira de traduzir nossa cultura, nossa alegria, e toda mistura que temos no país mas com a moderna influência europeia. 

Foi então que nos anos 1920 o Teatro de revista se “encontrou”, achando enfim sua fórmula brasileira.

O teatro se tornou então responsável pela divulgação da música da época já que o rádio só se popularizou tempos depois.
Essas músicas eram mostradas por atores que cantavam, o que atraia o público aos teatros em busca de novidades.
Nesse momento surge a Revista Carnavalesca, uma invenção totalmente brasileira,

Esse tipo de revista estreava sempre antes do carnaval, tinha sempre um final feliz, que era pra mostrar a alegria carnavalesca e o lançamento da marchinha daquele ano.


Foi durante as três primeiras décadas do século XX que a revista chegou ao apse, com sua encenação característica, quadros cômicos, números musicais, crítica politica e fantasias.

Mas é na década de 40 que o Teatro de Revista ganha luxo e um empresário (Walter Pinto) para modificá-lo.

Nascem então as famosas Vedetes, que conquistam o público cantando e dançando naturalmente e com sexualidade. Entre elas podemos citar: Virginia Lane , Anilza Leoni, Marly Marlei, Iris Bruzi, Elvira Pagã e Renata Fronzi.
 
                     Virginia Lane 

No palco as coreografias tinham que ser precisas. Cortinas de veludo, fumaça, plumas, cenários e figurinos extravagantes, luzes e efeitos eram muito importantes para a ilusão oferecida ao público.

Aos poucos pra não perder o posto, o Teatro de Revista começou a apelar para o nú, o escracho, perdendo o cômico e entrando em decadência na década de 50.

Muitos dos artistas da Revista acabaram migrando para a TV, que estava ganhando espaço. Entre eles grandes nomes como, Oscarito, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Leila Diniz e Marília Pêra.

Recentemente fui com Dilmara assistir ao espetáculo VEDETES DO BRASIL no Teatro UFES em Vitória e depois fomos a um barzinho comer uns pasteizinhos.

Suely Franco, Flávia Monteiro e Bela Quadros prprotagonizaram a montagem que, após grande sucesso na temporada carioca, celebrou o centenário da icônica artista Virgínia Lane 

Em cena, Suely Franco interpreta Virginia já em seus últimos anos de vida, enquanto prepara uma ceia de Natal com a filha única, Marta (Flávia Monteiro), e aguarda a chegada de um amigo. Ao longo do dia, ela relembra episódios que marcaram a sua trajetória.


“A Vedete do Brasil” é ainda um resgate e uma grande homenagem a todas as vedetes brasileiras, que, assim como Virginia, conseguiram superar imensas dificuldades, se impor perante o olhar torto dos moralistas e viraram verdadeiras estrelas.


DILMARA no blog " Elas .... "


"Amizade falsa é encontrada em qualquer lugar mas a amizade sincera não se acha tão facil!

Amizade não se baseia em grupos de WhatsApp, mas sim em honestidade, cumplicidade, companheirismo. Quando a amizade é verdadeira nem o tempo e a distância poderão corromper a boa e velha amizade de antes"